20 de out. de 2009

O Duplo Etérico - Prâna ou Vitalidade

Prâna ou Vitalidade 
(Ver os diagramas I, II, III, IV, V)

Vejamos o 2º capítulo do livro: O Duplo Etérico, de Major Arthur E. Powell:


Os ocultistas  sabem que existem pelo menos  três  forças  independentes e distintas, emanadas do Sol, que chegam ao nosso planeta. 


Podem existir outras em número infinito — ao que ninguém se opõe no estado atual dos nossos conhecimentos — porém, estamos bem certos de três, a saber: 
1. — Fohat ou eletricidade: 
2. — Prâna ou Vitalidade. 
3. — Kundalini ou fogo serpentino. 


Sob o nome de Fohat estão incluídas todas as energias físicas, conhecidas e conversíveis entre si, como a eletricidade, o magnetismo, a luz, o calor, o som, a afinidade química, o movimento, etc. 


Prâna ou Vitalidade é uma força vital cuja existência não foi ainda oficialmente reconhecida pelos cientistas ortodoxos do Ocidente, embora alguns suspeitem de sua realidade. 


Kundalini, ou fogo serpentino, é conhecido apenas de poucas pessoas; a ciência ortodoxa  ocidental ignora-o completamente. 

Cada uma destas forças se manifesta em todos os planos do sistema solar. 

Estas três forças permanecem distintas e nenhuma delas, em nosso plano, pode se transformar em outra. Este é um fato muito importante, que não deve ser esquecido pelo estudante. 


Demais, estas três forças nada têm de comum com as Três Grandes Efusões. Estas representam esforços especiais da Divindade Solar, enquanto Fohat, Prâna e Kundalini parecem antes  resultar de Sua vida e  representar Suas qualidades manifestadas sem esforço visível. 


Prâna é palavra sânscrita, derivada de pra (para fora) e de an (respirar, mover-se, viver). Assim pra-an, Prâna, significa soprar; sopro de vida ou energia vital são os equivalentes portugueses mais aproximados do termo sânscrito. 


Como para os pensadores  hindus  não  há  senão  uma  única  Vida,  uma  só  Consciência,  designou-se  por  Prâna o Eu Supremo, a energia do Único, a Vida do Logos. 


Por conseguinte, a vida em cada plano pode se denominar o Prâna deste plano, sendo Prâna o sopro vital de cada ser. 


"Eu sou Prâna... Prâna é vida", diz Indra, o grande Deva, Chefe da hierarquia vital no mundo inferior. 


Prâna significa, evidentemente, aqui, a totalidade das forças vitais. 


No tratado Mundakopanishad se diz que de Brahman, o Único, procede Prâna ou a Vida. Prâna é também definido como Atma em sua atividade centrífuga: "Do Atma nasceu Prâna" (Prashnopanissad). Prâna, diz-nos Shankara, é Kriyâshakti — shakti da ação e não a do saber.


Prâna está colocado entre os sete Elementos, que correspondem às sete regiões do  universo, aos sete invólucros de Brahman, etc., a saber: Prâna, Manas, Éter, Fogo, Ar, Água e Terra.

Os hebreus mencionam o "sopro da Vida" (Ne-phesh) insuflado nas narinas de Adão.  Entretanto, o Nephesh não é propriamente o Prâna isolado, porém combinado com o princípio Kama. Ambos reunidos formam a "centelha vital", que é "o sopro da vida no homem, nos animais ou insetos; o sopro da existência física e material".

Traduzido em termos mais ocidentais,  Prâna, no plano físico, é a vitalidade, a energia  integrante  que  coordena  as moléculas e células físicas e as reúne num organismo definido; é o "Sopro da Vida" no organismo, ou antes, a porção do Sopro  da  vida  universal,  de  que  organismo  humano  se  apropria  durante  o  breve  período  de  tempo  que  denominamos "Vida".

Sem a presença de Prâna, não poderia existir corpo  físico  formando um  todo completo, agindo como uma só entidade; sem Prâna, o corpo seria, quando muito, um agregado de células independentes. 


Prâna as reúne e as associa num  todo único e complexo, percorrendo as ramificações e malhas da tela vital, cintilante e dourada, de  finura  inconcebível, beleza delicada, constituida por um só  fio de matéria búdica, por um prolongamento do Sutratma e nas malhas do qual vêm se justapôr os átomos mais grosseiros. 


Prâna  é  absorvido  por  todos  os  organismos  vivos;  uma  determinada  quantidade  de  Prâna  é  necessária  para  a  sua existência; não é, pois, de maneira alguma, um produto da vida; pelo contrário, o animal vivo, a planta, etc., é que são seus  produtos. Se  existir  em  excesso  no  sistema  nervoso,  podem  sobrevir a doença e a morte; se for escasso, o esgotamento e, finalmente, a morte são a consequência. 


H.  P.  Blavatsky  compara  Prâna,  energia  ativa  produzindo  todos  os  fenómenos  vitais,  ao oxigénio,  o  produtor  da combustão e o agente químico ativo em toda a vida orgânica. 
Ela  compara  também  o  duplo  etérico,  veículo  inerte  da  vida,  ao  azoto,  gás  inerte  existente  no  ar,  que, misturado  ao oxigénio, tem por função adaptá-lo à respiração dos animais, e que faz parte da composição das proteínas. 


A crença popular do gato possuir "sete  fôlegos" é devida a ter ele  quantidade  extraordinária  de Prâna;  o mesmo  fato parece ter valido a este animal, no Egito, atributos sagrados. 


No plano físico, este Prâna, esta  força vital, constrói  todos os minerais. É ele que provoca a diferenciação e a  formação dos diversos  tecidos dos  corpos das plantas, dos animais e dos homens. Estes  tecidos  revelam sua presença por seu poder de responder às excitações exteriores. 


A associação do Prâna astral e do Prâna  físico  cria a matéria nervosa que é,  fundamentalmente, a célula, e confere a faculdade de sentir o prazer e o sofrimento. 


Pelo efeito do pensamento, as células estendem-se em fibras, e o prâna, cujas pulsações recebem o influxo dessas fibras, é composto de prâna físico, astral e mental. 


Nos átomos do plano  físico, o prâna segue as espirilas. Durante a primeira Ronda de nossa cadeia  terrestre, o primeiro grupo de espirilas dos átomos  físicos entra assim em atividade, sob a  influência da Vida monádica, que verte da Tríada espiritual. É por este grupo de espirilas que  fluem as correntes prânicas —  "sopros de vida" — que agem sobre a parte densa do corpo  físico. Na segunda Ronda, o segundo grupo de espirilas entra em atividade e torna-se o campo de ação das  correntes  prânicas  que  agem  sobre  o  duplo  etérico. Durante  estas  duas Rondas  não  há  ainda  nada — quanto  às formas, que se possa chamar sensações de prazer ou de dor. Na  terceira Ronda, o terceiro grupo de espirilas entra em atividade,  e  é  somente  neste momento  que  aparece  o  que  compreendemos  por  sensações.  É  por  intermédio  destas espirilas que a energia kâmica, ou energia dos desejos, pode afetar o corpo físico, e que o prâna kâmico pode circular e colocar assim o corpo físico em comunicação direta com o astral. Durante a quarta Ronda, desperta-se o quarto grupo de espirilas, e o prâna kâma-manásico circula  livremente, preparando-as para o uso que delas será  feito na construção do cérebro físico, o qual mais tarde se tornará o instrumento do pensamento.

Eis até onde progrediu a humanidade normal. 


Certas práticas de Ioga (cujo emprego exige muita prudência, pois elas poderiam ocasionar lesões no cérebro), provocam o desenvolvimento dos quinto e sexto grupo de espirilas, que servem de canais a formas mais elevadas de consciência.

É preciso não confundir as sete espirilas do átomo com os "verticilos", em número de dez, dos quais três grosseiros e sete mais  delicados.  Nos  três  primeiros  circulam  correntes  das  diversas  electricidades,  enquanto  que  os  sete  seguintes correspondem a ondas etéricas de todo gênero — som, luz, calor, etc.

A  Doutrina  Secreta  fala  de  Prâna  como  vidas  "invisíveis"  e  "ígneas"  que  fornecem  aos  micróbios  "a  energia  vital construtora"  e  lhes  permitem  também  construir  células  físicas. Quanto às  dimensões, a menor bactéria está para uma "vida ígnea" como um elefante para o microscópico  infusório.  "Toda coisa visível neste universo  foi construida por estas vidas, desde o homem primordial, consciente e divino, até os agentes inconscientes que constróem a matéria". 


"Pela manifestação de prâna, o espírito que é mudo aparece como o falador". 


Assim, toda vitalidade construtora, no universo e no homem, resume-se em prâna. 


Um átomo é  também uma "Vida"; sua consciência é a consciência do Terceiro Logos. Um micróbio é uma "Vida", e sua consciência é a consciência do Segundo Logos, adaptada e modificada pêlos Logos planetário e "o espírito da terra".
 

A Doutrina Secreta  fala  também de um "dogma fundamental" de ciência oculta: "O Sol, diz ela, é o reservatório da Força Vital; do Sol emanam as correntes vitais que vibram através dos organismo de todo ser vivo neste mundo". 


Eis  como  se  exprimia  Paracelso  sobre  Prâna:  "Todo microcosmo  está  potencialmente  contido  no  Liquor  Vitae,  fluido nervoso... no qual se encotram a natureza, a quantidade, o caráter e a essência de todos os seres".

Paracelso dava-lhe também o nome de Arqueu.

O Dr. B. Richardson, membro de Sociedade Real, chamava-o "o éter nervoso". 


As folhas de salgueiro de Nasmyth, são os reservatórios de energia vital solar. O verdadeiro sol está escondido atrás do sol visível e gera o fluido vital que circula através de todo o nosso sistema no decurso de um ciclo de dez anos. 


O ariano dos tempos antigos cantava que Surya, "ocultando-se atrás de seu Iogue, cobre-lhe a cabeça para que ninguém o veja".

A  vestimenta  dos  ascetas  hindus,  de  côr  amarela  avermelhada  com  partes  róseas,  representa  o  prâna  no  sangue humano; é o símbolo do princípio vital contido no sol, ou o que hoje chamamos a cromosfera, a região "côr de rosa". 


Os  próprios  centros  nervosos  são  naturalmente  nutridos  pelo  "veículo  do  alimento"  ou  o  corpo  denso, mas  prâna  é  a energia soberana que torna esse veículo obediente e o modela, como o exige o Eu, cuja sede é a inteligência superior.

É  importante  notar  que,  apesar  da  presença  dos  nervos  no  corpo  físico,  não  é  este  que  possuí  a  faculdade  de  sentir. Como veículo, o corpo físico não sente; é simples receptor de impressões. O corpo exterior recebe o impacto, porém! não é em suas células que reside a  faculdade de sentir o prazer ou o sofrimento, salvo de maneira muito vaga, amortecida e "maciça", despertando sensações vagas e difusas, como, por exemplo, a da fadiga geral.

Os  contatos  físicos  são  transmitidos  pelo  prâna  ao  interior;  são  agudos,  penetrantes,  picantes,  específicos,  muito diferentes das sensações lerdas e difusas derivadas das próprias células. 


É, pois,  invariavelmente, o prâna que dá aos órgãos  físicos a atividade sensorial, e que  transmite as vibrações externas aos centros sensórios situados no kâma, na bainha,  imediatamente vizinha à do prâna, o Manomayakosha. É graças ao duplo etérico que o prâna segue os nervos do corpo e permite-lhes, assim, agir como  transmissores, não somente dos impactos exteriores, como da energia motora proveniente do interior.

É a circulação das correntes vitais prânicas nos duplos etéricos dos minerais, dos vegetais e dos animais, que faz sair, de seu  estado  latente,  a matéria  astral  que  participa  da  estrutura  de  seus  elementos  atômicos  e moleculares,  e  produz, assim, um "estremecimento". Este permite que a Mônada da forma se aproprie dos materiais astrais; enfim, destes últimos os espíritos da natureza constituem u'a massa vaporosa, o futuro corpo astral. 


No  mineral,  a  matéria  astral  associada  ao  átomo  astral  permanente  é  tão  pouco  ativa  e  a  consciência  aí  está  tão profundamente adormecida, que não há atividade perceptível entre o astral e o físico. 


Nos vegetais superiores parece existir vaga sensação  interna do sistema nervoso, porém o desenvolvimento deste é  tão pequeno, que apenas lhe permite funções rudimentares. 


Nos  animais,  a  consciência  astral muito mais  desenvolvida  afeta  os  duplos  etéricos  e,  por  estas  vibrações  etéricas,  o sistema nervoso, vagamente esboçado nas plantas, é estimulado. 


Assim, os  impulsos engendrados pela consciência — que quer passar por experiências — dão nascimento a vibrações astrais, e estas, por sua vez, produzem vibrações na matéria etérica. O  impulso provém da consciência, mas como esta ainda é  incapaz de empreender a construção do sistema nervoso, esse trabalho é começado pêlos espíritos de natureza etérica, sob a direção dos Seres luminosos do terceiro reino elemental e a do Logos trabalhando através da Alma-grupo.

Em primeiro lugar, aparece no corpo astral um centro que tem por função receber e responder às vibrações que passam ao duplo etérico, onde dão nascimento a turbilhões etéricos, que atraem parcelas de matéria física mais densa e acabam por formar uma célula nervosa, e enfim, grupos de células.

Estes  centros  físicos,  ao  receber  vibrações  do mundo  exterior,  reenviam  os  impulsos  aos  centros  astrais,  aumentando assim  suas  vibrações. Os  centros  físicos e astrais agem e  reagem, pois, uns sobre os outros; cada um deles se  torna assim mais complexo e aumenta o âmbito de sua utilidade. 


Destas células nervosas se constitui o sistema simpático, pêlos  impulsos emanados do mundo astral, como vimos; mais tarde, o sistema cérebro espinal será formado pêlos impulsos provenientes do mundo mental. 


O  sistema  simpático  permanece  sempre  ligado  diretamente  aos  centros  astrais, mas  é  importante  assinalar  que  estes centros  nada  têm  de  comum  com  os  chakras  ou  rodas  astrais.  São  simplesmente  agregados  contidos  nos  invólucros astrais e que formam os começos dos núcleos destinados a construir os órgãos no corpo físico.

Os chakras astrais são formados muito mais tarde. 


Destes  núcleos  (que  não  são  os  chakras)  se  formam  dez órgãos  físicos:  cinco  têm por  função  receber  impressões do mundo externo — em sânscrito Jnânendriyas, literalmente, os "sentidos do conhecimento" — isto é, centros sensórios no cérebro,  que  estão  ligados  aos  olhos,  ouvidos,  língua,  nariz  e  pele;  e  cinco  outros  para  transmitir  as  vibrações  da consciência  ao mundo  externo —  os Karmendriyas,  ou  os  sentidos  da  ação,  ou  "centros  sensórios"  que  engendram  a ação; os centros motores no cérebro, que estão ligados aos órgãos sensórios das mãos, pés, laringe, órgãos da geração 
e de excreção.

O  estudante  deve  observar  com  atenção  que  o  prâna  que  segue  os  nervos  é  inteiramente  independente  e  distinto  do chamado magnetismo do homem, ou fluido nervoso, pois este nasce no próprio corpo.
  
Este  fluido  nervoso  ou  magnetismo  mantém  a  circulação  de  matéria  etérica  pelas  ramificações  nervosas  ou,  mais exatamente, pelo envoltório de éter que  cerca os nervos; esta  circulação parece-se muito com a do sangue nas veias. Assim como o sangue conduz o oxigénio, o fluido nervoso transporta o prâna para todo o corpo.

Além disso, se as partículas do corpo físico denso se reformam constantemente e são substituídas por outras, fornecidas pêlos alimentos, água e ar, da mesma forma as partículas do duplo etérico mudam-se continuamente e são substituídas por partículas  novas,  introduzidas  no corpo com os alimentos ingeridos e o  ar  respirado,  e  com  o  prâna,  sob  a  forma denominada glóbulo da vitalidade, como passamos a explicar. 


Prâna ou vitalidade existe em  todos os planos — físico, astral, mental, etc. Prâna, a Vida Única, é "o cubo ao qual estão presos os sete raios da roda universal" (Hino a Prâna, Atharva Veda, XI, 4). Porém, aqui vamos nos ocupar apenas de sua aparência e métodos de operação no plano inferior, o físico.

Deve também notar-se que no plano físico o prâna é também sétuplo, isto é, existem sete variedades de prâna.

Já vimos que o prâna é absolutamente independente e distinto da luz, do calor. Todavia, sua manifestação no plano físico parece depender  da  luz solar: quando esta  é  abundante, o prâna também o é; quando ela está  ausente,  o  prâna igualmente o está.

O  prâna  que  emana  do  sol  penetra  em  alguns  dos  átomos  físicos  últimos,  que  flutuam,  inumeráveis,  na  atmosfera terrestre.  Esta  força  prânica,  já  o  dissemos,  "penetra"  no  átomo  físico,  porém  não  o  faz  por  fora;  ela  provém  de  uma dimensão superior, a quarta; para o clarividente ela dá a impressão de brotar do interior do átomo.

Assim, duas  forças penetram no átomo pelo  interior:  (1) a  força de Vontade do Logos, que mantém a  forma própria do átomo; (2) a força prânica.

É importante notar que o prâna provém do Segundo Aspecto da Divindade Solar, enquanto que a força de vontade emana do Terceiro Aspecto. 


O efeito do prâna sobre os átomos difere  inteiramente dos da eletricidade, da  luz, do calor ou de outras expressões de Fohat. 


A  eletricidade,  ao  fazer  irrupção  nos  átomos,  desvia-os  e  os  mantém  de  certa  maneira;  ela  impõe-lhes,  igualmente, determinada velocidade vibratória. Toda variedade de Fohat, como a eletricidade, a luz, ou o calor, determina a oscilação de todo átomo.


A Força de Vitalidade aumenta a vida do átomo e dota-o de poder atratívo 
A amplitude dessa oscilação é enorme, comparada com o  tamanho do átomo em si; é preciso compreender que estas forças agem de fora, sobre o átomo. 


Os  estudantes  de  ocultismo  conhecem  a  forma  e  a  estrutura  do  átomo  físico  último,  a menor  das  partículas materiais constitutivas do plano físico, cujas combinações determinam outras diversas, que chamamos sólidos, líquidos, gases, etc.

Por isso, nos diagramas deste livro, estes átomos físicos últimos aparecem apenas em esboço. 


A energia prânica emanada do Sol penetra em certos átomos de nossa atmosfera e torna-os luminosos. 


Tais átomos, dotados dessa vida adicional, possuem uma sêxtupla potência de atração, incorporando imediatamente seis outros átomos ao seu redor. 


Ficam  dispostos  de  forma  particular,  que  dá  lugar,  segundo  a  expressão  da  Química  Oculta,  a  um  hiper--meta- protoelemento, ou combinação de matéria no subplano subatômico. 


Esta  combinação,  no  entanto,  difere  de  todas  as  observadas  até  aqui,  pois  a  força  que  a  cria  e mantém  provém  do Segundo Aspecto da Divindade Solar e não do Terceiro. 


Esta forma é denominada Glóbulo de Vitalidade, e está representada no diagrama V, ampliação de uma figura da Química Oculta.

Este  pequeno  grupo  é  a  pérola  excessivamente  brilhante  sobre a  serpente masculina ou positiva do elemento químico oxigênio; forma também o coração do globo central no rádio. 


Em  virtude  de  seu  brilho  e  de  sua  extrema  atividade,  podem  esses  glóbulos  ser  vistos  difundidos  na  atmosfera,  por qualquer pessoa que se dê ao trabalho de olhar. Seu número é imenso, sobretudo em dias ensolarados. 







A melhor maneira de discerni-los é desviar o olhar do sol e fixar o foco visual a alguns pés de distância, num fundo livre de céu. 


O glóbulo é brilhante, porém quase incolor e é comparável à luz branca. 


Já fizemos observar que a força vivificante desses glóbulos é inteiramente diferente da luz; não obstante, parece que não pode se manifestar sem ela. 


Quando o Sol brilha, a vitalidade brota e se renova sem cessar, e os glóbulos são gerados em quantidades  incríveis. Ao passo que em tempo nublado se nota grande diminuição no número dos glóbulos formados, e durante a noite a operação parece estar inteiramente suspensa. 


Assim, pode-se dizer que durante a noite vivemos do estoque gerado na vigília e, embora o esgotamento completo desse estoque pareça praticamente impossível, há diminuição evidente do mesmo numa longa sucessão de dias nublados. 


Naturalmente,  é  ao  elemental  físico  que  cabe  a  tarefa  de  defender  o  corpo  e  de  assimilar  a  vitalidade,  como  veremos detalhadamente no próximo capítulo. Enquanto o corpo  físico está acordado, os nervos e músculos mantêm-se  tensos, prontos  a  funcionar  instantaneamente;  quando  está  adormecido,  o  elemental  permite  que  os  nervos  e  músculos  se relaxem,  e  ocupa-se  especialmente  em  assimilar  a  vitalidade.  Isto  explica  a  influência  poderosamente  restauradora  do sono, mesmo quando breve. 


O trabalho do elemental é mais proveitoso nas primeiras horas da noite, quando a vitalidade é abundante.

No ciclo cotidiano, esta mingua mais entre meia noite e o levantar do sol; é por isto que tantos agonizantes expiram neste intervalo; daí, também, o ditado: do: "Uma hora de sono antes da meia noite vale por duas depois." No inverno, o prâna é menos abundante do que no verão. 


Por  outro  lado,  como  o  prâna  está  difundido  não  somente  no  plano  físico,  mas  em  todos  os  demais,  a  emoção,  a inteligência,  a  espiritualidade  estarão  no  seu  ápice  sob  um  céu  puro,  quando  a  luz  solar  lhes  dá  sua  assistência inestimável. Podemos mesmo acrescentar que as cores do prâna etérico correspondem, até certo ponto, às  tonalidades existentes no nível astral. 


É por isto que os bons sentimentos e os pensamentos retos reagem sobre o corpo físico e o ajudam a assimilar o prâna, e assim a conservar-se sadio e vigoroso. 


Uma viva luz parece, pois, projetar-se aqui, sobre às relações estreitas que unem, por um lado, a saúde espiritual, mental e  emocional,  e  por  outro,  a  saúde  do  corpo  físico.  Lembremo-nos  das  bem  conhecidas  palavras  de Nosso  Senhor,  o Buda, de que o primeiro passo no caminho do Nirvana é uma saúde física perfeita. 


Depois  de  carregado,  o  glóbulo  de  vitalidade  torna-se  um  elemento  subatômico  e  não  parece  sujeito  a  nenhuma diminuição ou modificação, enquanto não for absorvido por algum ser vivo. 


Antes  de  abordar  o  estudo  de  um  assunto  extremamente  interessante  e  importante,  como o da absorção do prâna no corpo físico, é preciso primeiro estudar, no duplo etérico, o mecanismo que torna possível essa absorção.




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Fonte: O Duplo Etérico
Major Arthur E. Powell

1 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito do teXto, eu já conhecia e utilizo até hoje os textos do Coronel Arthur Powell, além de Leadbeater e Anne Besant.
Sou professor de teosofia da Sociedade Brasileira de Eubiose em Campinas-SP. Wagner Gabriel

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